Capítulo extraído do primeiro livro da Saga O Guerreiro das Estrelas.
Espero que curtam!!!
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Benjamin fez o impossível para não olhar para trás e continuar seu caminho de volta para casa. Mostrou força de onde menos achou que tinha quando se negou a olhar a jovem pelas suas costas.
Então resolveu pegar um atalho por uma outra rua, sem muitas casas, onde havia mais arborização e algumas empresas pequenas. Ao passar aquele quarteirão virou à esquerda, e a rua na qual entrara estava totalmente deserta e silenciosa.
Um assovio cortava aquele silêncio. Um assovio desafinado de alguém que parecia não ter a melhor das vozes.
Por trás de uma árvore, encostado, encontrava-se um velho de roupas rasgadas e sujas. Parecia não tomar banho há meses. No mesmo instante, cessou-se o assovio, porém o velho continuava encostado na árvore, do mesmo jeito que Ben o encontrara quando assoviava.
— O que te traz aqui, jovem de passos mansos? — disse o velho, com uma voz rouca e forte.
Ben não respondeu, estava andando e continuou a andar, porém o jovem o observava atentamente e jurava que o velho homem estava dormindo, sentado, encostado na árvore.
— Deve estar se perguntando como posso ter sentido sua presença, sem nem ao menos me mover — continuou o velho, fazendo um esforço para se levantar, tendo de se apoiar em uma bengala.
— É, mais ou menos — disse Ben, parando. — Precisa de ajuda, senhor?
— Não precisa — disse ele, levantando-se, enfim, e ficando frente a frente com o jovem.
Ben procurou não se assustar com o que via. Além dos trapos velhos e rasgados do homem, algo chamava mais sua atenção. Os olhos do velho pareciam ser costurados para ficarem bem fechados. Tinham um jeito de ser áspero e bem mal tratado. Mas seus olhos abriram e dele emanou uma luz branca que sumiu aos poucos, dando lugar a um olhar fraco e cansado de olhos castanhos escuros e sem sua íris.
— Está feliz hoje — disse ele ao jovem. — Me desculpe, esqueci de me apresentar — se aproximou de Ben e estendeu seu braço a ele —, Thomas Merevor.
Seu braço em vários pontos tinha cicatrizes e alguns machucados que ainda não haviam sarado. Mesmo assim, Ben segurou sua mão em um aperto rápido.
— Benjamin Rodrigues — apresentou-se.
O velho soltou a mão do aperto e voltou para a árvore, encostando suas costas.
— O que te traz por aqui? — perguntou novamente.
— Peguei um atalho para ir pra casa — respondeu. — E o senhor, o que faz por aqui?
— Oras, sou apenas um mendigo ambulante que anda para lá e para cá, rejeitado em todos os lugares que vou, apanhando, sendo queimado. Ou você acha que tudo isso em mim eu machuco jogando bola com amigos???
Seu tom irônico deixou Ben sem querer comentar nada, apenas abaixou a cabeça. Depois a levantou com coragem.
— E seu olho, o que aconteceu com ele? Por que emanou uma luz branca e forte quando você o abriu?
— Eu não costumo abrir meus olhos para as pessoas, já que com os olhos fechados posso ver muita coisa. E sempre quando os abro vejo o que não quero.
— Como assim, pode ver muita coisa com os olhos fechados?
— Eu sou cego, Benjamin — disse Thomas, passando sua bengala de uma mão para a outra. — Cego. Porém, não totalmente.
— E o que você tem a mais que um cego normal não tenha, Thomas? — quis saber Ben.
— Por favor, me chame de Tom — disse ao parar a bengala na mão direita. — Podemos dizer que não fiquei cego à toa. Mas devo estar te atrasando para algum compromisso.
— Na verdade, não — disse Ben. — Acabei de voltar de um. Não foi o encontro mais que perfeito, mas valeu a pena.
— Você gosta dela? — perguntou Tom, que parecia observar o garoto atentamente.
— De quem? — disse Ben, não lembrando de ter dito algo relacionado a alguma garota.
— Da pessoa que você foi se encontrar — respondeu. — Você gosta dela?
— Sim, é uma boa pessoa.
— Entendo — disse Tom, abafando um sorriso com uma tosse forçada. — Já que não quer dizer nada sobre você, não direi nada sobre mim.
O jovem não entendeu tamanha intimidade que Tom queria demonstrar em tão pouco tempo. Ele nunca o tinha visto e logo no dia de seu aniversário, seu encontro não dá totalmente certo, encontra os caras chatos da escola e, por fim, começa a ter uma amizade com um velho cego de trapos rasgados. Para que tanta intimidade, então? No que serviria? Será que o velho gosta de dar conselhos, apenas por ser mais vivido?
— Ok — disse Benjamin após um período de silêncio. — Essa pessoa é uma garota, Cínthia é seu nome, estuda comigo já tem um tempo, nunca nos falamos direito, comecei a criar coragem de chegar nela, até que marcamos um encontro, onde praticamente deu tudo errado — enquanto Ben dizia tudo o que aconteceu, andava para lá e para cá, naquela rua deserta e quase apagada pela fraca iluminação dos postes. — Ela não estava no lugar que marcamos e na hora marcada, mas soube que teve de sair mais cedo por algo grave que acontecera, então peguei o endereço dela, fui até sua casa, porém antes me encontrei com alguns inimigos. Houve uma briga com a qual não saí vitorioso. Ela apareceu com a mãe e me salvou, embora eu já tivesse desmaiado. Acordei em sua casa, conversamos, falamos muitas coisas. É como dizem, no final dá tudo certo, não é?!
— É interessante sua história. Mas lembre-se Benjamin, muitas vezes o importante não é o final e sim a jornada. Você pode trilhar por caminhos ruins por muito tempo, mas se sempre existir aquela luz no fim do túnel, aquilo que te deixa vivo, que te dá forças de onde menos você esperava poder ter. Se em toda sua jornada você acreditar em algo por mais distante que possa estar, aos poucos você irá se aproximando, e nessa jornada obterá tudo aquilo que você sempre quis. E tudo isso, graças aos seus esforços, graças à luz no fim do túnel, graças à sua força de vontade, sua determinação e, acima de tudo, sua esperança — concluiu Tom, deixando um vago silêncio no ar.
— Você não pode me ver, não é? — disse Ben, segundos depois.
— Não — respondeu Tom.
— Então não tem ideia de como me deixou boquiaberto.
O velho Tom sorrira, mas novamente fora barrado por uma tosse que Ben já tinha certeza de que não era forçada.
— Sabe, já conheci muitos senhores com idade avançada que nos querem dar conselhos e muitos não saem do “não faça isso senão irá se arrepender, pense bem” ou “é errando que se aprende mesmo”, mas o seu conselho é digno de aplausos em todo esse mundo.
— Há muito tempo não recebo um elogio assim — disse Tom. — Obrigado, Benjamin.
— Pode me chamar de Ben — disse, com um sorriso no rosto.
— Ok, Ben, acho que agora é a minha vez.
— Espera — Ben o parou. — Você é sempre assim com as pessoas? Tão amigável?
— Ah, isso depende muito do tipo de pessoa — respondeu Tom.
— Como assim?
— Simples, posso pegar você como exemplo. Passos mansos, voz suave, de bem com a vida, sem importar-se como ela é má com você. Preocupa-se com as pessoas e não é como muitos outros que já me viraram as caras e até chegaram a me agredir.
— Eu sinto muito por isso, Tom.
— Não precisa sentir, não é sua culpa. Isso é graças às coisas que me tornei responsável. Tudo o que eu conquistei me fez ser quem sou hoje.
— Fez te tornar cego?
— Ben, somos cegos em diferentes aspectos e coisas. No amor somos cegos; na riqueza, até quando roubamos somos cegos. Eu fui cego de amor e fui cego de riqueza.
— Riqueza? — disse Ben, incrédulo. — Você foi rico?
— Milionário — respondeu Tom —, quer você acredite ou não. Mas também, como te disse, fui cego de amor. E o que isso acarretou? Simples: a mulher que eu mais amava nesse mundo não dava a mínima para mim, e sim ao meu dinheiro. Era tudo isso que ela queria e faria qualquer coisa para tê-lo. E fez.
“Eu dava tudo para ela, Ben, tudo mesmo. Joias preciosas, anéis, colares, roupas das mais caras possíveis. Todos os dias um almoço fino de uma dama, um jantar esplêndido, a presenteava todos os dias. Eu era muito rico. Herdei muito da herança de meu falecido pai e assumi a empresa dele. Foi meu ponto alto. E quando conheci Mônica, meu mundo foi se resumindo só a ela. Como dizem, nada é por acaso. Com o tempo que passamos a viver juntos descobri coisas que um apaixonado cego não veria. Ela me traía, não só com outros caras, mas traía minha confiança com mentiras. Só fui cair na real quando realmente não existia mais a luz no fim do túnel.”
— O que aconteceu, Tom? — quis saber Ben, se aproximando do velho encostado na árvore.
“A imagem dela vem à minha mente quando relembro tal dia. Eu tinha meus 37 anos, já deveria saber algumas coisas sobre relacionamentos baseados em dinheiro, mas não sabia. Eu, em meu escritório, trajando meu elegante terno em meu corpo, todo preto, investigava sobre um suposto amante dela. Quando a dama de vermelho entra em meu escritório, acompanhada de seu amante. Segundos antes deles entrarem a ficha dele apareceu em meu computador. Era meu melhor amigo e sócio de minha empresa. Uma empresa de vinhos.”
“Foi aí que comecei a parar de ser bobo, mas já era tarde demais. Porém agi normalmente como em todos os dias nos quais ele aparecia em meu escritório.”
“— Olá, Tom, como tem passado? — perguntou o Mário, meu amigo, enquanto ele entrava na sala com Mônica e se sentavam de frente para mim.”
“— Eu estou bem, mas o que é isso? — perguntei, achando estranho tudo aquilo. — Reunião entre amigo e esposa?”
“— Seu senso de humor às vezes me espanta, Tom. É sobre outra coisa que venho falar. Sobre seus bens.”
“— Meus bens? — eu olhava para Mônica e ela desviava o olhar. — Como assim meus bens, Mário?”.
“— Ora, amigo, você sempre teve o que eu sempre quis: fortuna, poder, dinheiro, a mulher dos sonhos, festas incríveis. Bom, agora posso ter tudo e você nada.”
“— Te entendo, Mário. Então é por isso que virou o amante mais precioso da Mônica, não é? Para, juntos, terem tudo o que um dia eu conquistei.”
“— Você não conquistou muito, o seu pai te ajudou em setenta por cento. Você tem muita coisa que veio de graça, mas isso tudo hoje passa para mim.”
“— Meus parabéns, Mônica — eu disse olhando para ela —, mas será mesmo que você conseguiu o que queria?”
“Nesse momento, abri a gaveta da minha mesa e retirei uma 9MM e apontei para ela. É claro que eu não iria atirar nela. Mas queria ver a cara de espanto deles. Meu alvo era o Mário, um amigo em que sempre confiei todos os meus projetos, dando sugestão, ajudando, e no final me traiu em muitos aspectos.”
“— Vocês dois traíram minha confiança — disse apontando a arma para um e para o outro. — Eu te amei muito, Mônica, você não imagina o quanto fiz por você, para no final você agir dessa forma.”
“— Eu sempre agi dessa forma, só que só hoje me revelei — disse Mônica, com um sorriso mais falso que meus olhos puderam ver.”
“— E você, Mário, o melhor amigo, a quem confiei tudo, desde criança... — parei de falar; nesse momento me veio uma súbita adrenalina, uma vontade louca de pular nele e soca-lo, mas eu me contive e não disse mais nada.”
“— Nosso plano saiu como esperávamos, graças à sua assinatura que Mônica pegou no dia em que você bebeu um pouco alem da conta e assinou o tal ‘cheque’ para ela comprar remédios — os dois riram bem alto.”
“— Vai atirar em nós? — disse Mônica, ainda rindo. — Você não tem escapatória, não foi só você quem mudou de lado nesse jogo. Todos te abandonaram; ninguém gostava do seu pai e pensaram que com você seria diferente, mas você tem os traços dele e todos percebem. Não tem saída, Tom. É melhor abaixar a arma e sair com a roupa do corpo para bem longe. Você não existe mais aqui dentro.”
“— Somos bons, meu caro amigo — disse o irônico, Mário. — Você poderá viver, ter uma outra vida e pensar duas vezes antes de arrumar alguém que possa dizer que é de confiança.”
— Eu me silenciei, Ben, não tinha palavras. Era muita traição para um só homem que nunca tinha feito mal a ninguém lá de dentro. Nunca. Minha mão que segurava a arma tremia, até que eu a soltei em cima da mesa. Nesse momento, meus antigos seguranças entraram, me amarraram, tentei me soltar, me golpearam, fizeram tudo o que Mário e Mônica mandaram. Os dois ali, parados, olhavam e sentiam prazer do que viam. Depois me levaram pro carro, colocaram uma fenda em meus olhos. Deveriam ter colocado algo na fenda antes de colocá-la em mim, pois ela queimou meus olhos como um ácido dissolvente.
“Me largaram em um beco, um lugar onde o cheiro era ruim e muitos barulhos estranhos. Me desamarraram e me jogaram do carro. Rapidamente, com as mãos livres, retirei a fenda. Só consegui abrir pouco do meu olho esquerdo e comecei a correr sem rumo.”
— E para onde você foi? — indagou Ben, agora sentado ao pé da árvore ao lado de Tom, também sentado.
“Entrei em um lugar proibido, mas eu precisava de um lugar. Minha roupa já estava rasgada, meus olhos estavam feios e eu andei por três dias que pareceram infinitas noites de terror. Ao entrar em tal lugar, me senti à vontade, tinha algumas coisas bizarras, alguns experimentos: era como um laboratório de pesquisas, mas me senti à vontade por achar um canto tranquilo sem ninguém. Nesse laboratório abandonado me hospedei por uma noite até achar algo que eu pensei que poderia curar meus olhos.”
— E pelo visto não curou, certo?
“Não curou mesmo. Eu perdi a total visão do meu olho esquerdo e, por fim, fiquei completamente cego. O líquido que eu joguei em meu rosto, o que parecia ser água ou até mesmo um bom medicamento, me deixara cego por toda a minha vida. Mas não foi só isso que esse tal líquido trouxe aos meus olhos — continuou Tom. — Ele afundou em meu cérebro, afetando um outro sentido, algo que nunca ninguém vai ter.”
— E o que ele te trouxe, Tom?
“Me trouxe o poder de ver o futuro, Benjamin. Eu poderia ver coisas que nunca sonhei, mas era difícil controlar e eu caía muito. Fiquei louco. Queria que parasse. Eu só via coisas ruins: mortes, devastação, assaltos, pessoas sofrendo. Eu vi o apocalipse e poderia contar em detalhes a você o que vai acontecer.”
— Ver o futuro? — Ben se mostrava muito inquieto. — Mas você só vê coisas más que vão acontecer?
“Eu não sabia controlar — continuou. — Eu via mais de dez cenas a cada minuto, era um horror para mim. Não sabia o que fazer. Então, ainda no laboratório, eu me encostava a uma parede e gritava para parar, mas não parava. Então fiquei quieto e comecei a tentar controlar. Então vieram duas cenas em minha cabeça e fiz de tudo para controlá-las, para poder vê-las bem nitidamente. Fiquei quieto e observei. Na primeira cena era a Mônica, mais velha, rica, tomando um caríssimo vinho, depois a cena se corta até ela sendo atropelada por um carro, parecia estar correndo de alguém. Me concentrei mais ainda, e a cena se estendia para a segunda cena, que era a pessoa que corria atrás da Mônica. Nada menos que Mário, que, ao vê-la atropelada, entrou no meio da rua, entre os carros, e a abraçou até um caminhão o pegar.”
Houve um silêncio em que Tom parecia estar bem pensativo, e o jovem, bem horrorizado com tamanha história, porém prestando muita atenção em cada palavra.
“Nesse momento, pensei que eu poderia voltar e recuperar o que era meu por direito. Mas não fui. Sabia que eu estava destinado a grandiosas coisas. Maiores do que ser um riquinho mulherengo. Foi assim que lá, no laboratório, comecei a controlar meu poder, e não ver só mortes; eu poderia prever tudo o que eu queria, mas não posso mudar nada e nem contar a ninguém o que pode acontecer com a pessoa, eu sempre deixo a natureza seguir seu curso.”
— Mas você...
— Sim, já tentei impedir, Ben — disse Tom. — Mas não posso fazer isso.
— Como assim não pode? — disse Ben, levantando-se. — Você tem o futuro de quem você quiser em seus olhos e não pode ajudar ninguém? — Tom balançou a cabeça, negativamente. — Mas, se a pessoa que você mais gosta morrer amanhã e você souber como impedir, não o faria?
— Ben, poderia sim impedir se soubesse como fazer, mas se eu fizer isso amanhã a pessoa corre o mesmo risco e até pior.
— Foi isso que aconteceu com a pessoa que você tentou salvar?
— Sim. Ben, a única coisa que posso fazer para a pessoa é dar pistas, ou alertá-la de algo, como “não vá hoje pela avenida 23, pegue um atalho pela 5”. E só isso, entende?
— Ei, eu peguei um atalho para passar por aqui, você já sabia disso não é? — disse o jovem, totalmente surpreso.
— Exatamente, eu sabia — confirmou Tom. — Eu não interfiro em algo que não sou chamado. E você deveria fazer o mesmo.
— Eu???
— Sim, você — afirmou Tom —, que adora se interferir na vida das pessoas para ajudá-las. Ainda vai entrar em uma grande enrascada por isso.
— Então realmente nosso encontro não é por acaso — deduziu Ben.
— Nada é por acaso, jovem. E, a propósito, feliz aniversário.
Ben ficou quieto, contemplando Tom, com um rosto de soberba admiração.
— Obrigado.
— Você ainda vai viver muito, é só parar de se meter onde não é chamado.
— Vou seguir o que você me diz a partir de hoje. E sobre o apocalipse?
— O que tem ele?
— Está mesmo próximo? — quis saber Ben.
— Acredite, Benjamin, não sou um meteorológico, mas fique em casa quando chover, que tudo dará certo.
O jovem afirmou com a cabeça, pensativo com a hipérbole deixada por Tom.
— Ainda nos vemos por aí? — perguntou Ben.
— Claro, sou um cego ambulante, mas se você fizer tudo certo não me verá tão cedo — Tom acenou com uma continência e Ben fez o mesmo.
— É, só mais uma pergunta Tom...
— Isso não vou poder te responder Benjamin, sinto muito — Tom adivinhara a pergunta do jovem e o barrou antes de fazê-la. — Terá de achar a resposta sozinho.
Ben acenou com a cabeça, aceitando o que Tom dissera.
— Agora vá depressa, sua mãe o quer em casa e não saia na chuva — advertiu Tom.
— Pode deixar, não vou pegar um resfriado — disse Ben, com um sorriso, virando-se e pegando o caminho para sua casa. — Até mais, Tom, vê se te cuida.
— Certo, Benjamin, se cuide também — disse Tom, ouvindo os passos do jovem ficarem cada vez mais distantes. Tom, ainda encostado na árvore, deu um leve suspiro. — Seria bom demais se você pegasse apenas um resfriado — disse, em tom de voz baixa, quando não mais ouviu os passos do jovem.
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